A Caminho De Garabandal
21.3.1989 - Biarritz, França
Chegamos ao castelo de Ilbarritz, onde deveríamos nos hospedar e ter o encontro.
Quase todas as partes do castelo nos foram mostradas. No primeiro andar havia uma capela ainda não consagrada. Tinha uma imagem de Nossa Senhora em um canto. Eu a ouvi dizer "Quero Meu Filho perto de Mim"; porque, em um cômodo pequenino, onde havia apenas sucatas, havia também, um grande Crucifixo em tamanho natural. Temporariamente deixado ali para reparo.
Aproximei-me de Jesus na Cruz e Ele disse rapidamente cinco palavras: "tire-Me daqui"; Senti-me embaraçada para dizer o que ouvi aos donos, mas por fim falei. Então, três de nós, carregamos Jesus e a Cruz para junto de Nossa Senhora. Jesus disse que confirmaria isto por escrito.
- Jesus?
- Eu Sou, permita-Me escrever tudo o que disse lá em cima, no pequeno cômodo, Eu disse, "tire-Me daqui";
- Sim, Meu Senhor.
- Agora vou deixar Minha Mãe confirmar Suas Palavras, "que alegria terei em ter Meu Filho junto a Mim, Vassula, vá e O veja, Ele te chamou".
- Obrigada Santa Mãe.
22.3.1989, Biarritz
- Vem. Eu vou te inspirar em todas as tuas incumbências; Meu Espírito está sobre ti, Vassula; ama-Me, ensina com amor; Nós?
- Para sempre, Senhor.
23.3.1989
Quinta-Feira Santa. Na estrada para São Sebastião de Garabandal, em Espanha.
Partimos de Biarritz para Garabandal. Nossa Senhora fez-nos deparar com uma guia que nos acompanhasse, que falasse espanhol e conhecesse bem a zona.
Depois de algumas horas em estrada de montanha, interrogava-me se ela saberia realmente para onde nos estava a conduzir, uma vez que a viagem parecia sem fim. Caíra a noite. De repente, ou mergulhamos em denso nevoeiro ou chovia.
Entretanto, interrogava-me sobre o motivo pelo qual ali me encontraria; realmente, não tinha a menor idéia disso... talvez para santificar Garabandal, como o Senhor mo havia já pedido, há mais de um ano. Contudo, o Senhor tinha-me dito que Ele Mesno iria santificar Garabandal. A minha missão é amá-Lo, consolá-Lo e servir-Lhe de intermediária para escrever; e por isso me interrogava eu, sentindo-me nada segura. De improviso, o céu aclarou; era esplêndido, com nuvens de cor alaranjada e senti a Presença de Deus que nos rodeava. Não, não nos abandonará, agora. Deveria apenas abandonar-me inteiramente a Ele e ter uma absoluta confiança n'Ele. Reconheci, uma vez mais, aquela intimidade que Ele me havia ensinado e que partilha comigo. Chamei-O Abba. Sim, Abba cuida de mim com um Grande Amor.
Finalmente, chegamos a Garabandal. Fomos à igreja, onde se estava ainda celebrando a Missa. Na igreja, à minha frente, havia uma imagem do Sagrado Coração de Jesus e, à Sua direita, uma de Nossa Senhora, com os braços abertos. Ouvi Maria, que dizia: "Obrigada, por teres vindo a Mim". Com alegria, respondi: "Obrigada eu, por me terdes conduzido aqui, junto de Vós".
Depois da Missa, a nossa guia perguntou ao sacerdote se sabia onde nos poderíamos alojar. Com toda a gentileza, acompanhou-nos a uma estalagem e pediu à dona que nos desse alojamento. Apesar de estar a servir a ceia aos clientes, acompanhou-nos a sua casa. Havia um quarto e uma sala. Na sala, havia dois pequenos leitos, mas eu preferi partilhar o quarto com Beatriz.
Antes de partir de Biarritz, duvidara se deveria ou não trazer comigo a imagem de Nossa Senhora de Fátima, que sempre me acompanha. Decidi-me a deixá-la, até ao nosso regresso a Biarritz; tinha medo de que se partisse, na viagem.
Mas que vimos nós, sobre a mesa desse quarto? Justamente a cópia da minha imagem de Nossa Senhora de Fátima. Nunca me tinha ainda abandonado... De Fátima, ei-La, agora, em Garabandal.
Não tinha o Terço nas mãos. Mas eu tinha um de reserva na minha carteira: um Terço, vindo de Medugorje. Assim, pus o Terço de Medugorje nas Mãos de Nossa Senhora de Fátima, em Garabandal: os três lugares de aparições de Nossa Senhora ficavam, assim, ligados.
Não tínhamos despertador. No nosso quarto, havia também uma bela imagem de Santa Teresinha de Lisieux. Pedi-Lhe que nos despertasse a horas, e não demasiado cedo.
De manhã, Beatriz e eu fomos despertadas por três pancadas na porta. Acendi a luz, para ver que horas eram, e a verdade é que eram as oito, em ponto. E disse: "Sim", pensando que fosse alguém, de fora, à porta. Abri e... não havia ninguém. Claro que Santa Teresinha nos não havia esquecido.
Depois do pequeno almoço, encontrei o irmão de uma das videntes de Garabandal. Seguidamente, fui a todos os lugares, onde Nossa Senhora apareceu, para Lhe agradecer.
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