Jordânia
Chegamos um pouco mais tarde que o esperado no Hotel Marriot em Amman. Embora alguns tenham jantado dentro, muitos foram direcionados à área das piscinas onde alguma comida quente estava esperando. Àquela altura estava anoitecendo e ficando escuro e tinha uma brisa fria soprando lá fora- muito fria, de fato. foi uma outra oportunidade para bom humor e paciência. Os anjos haviam preparado uma brincadeira para nós: enquanto comíamos, tocava música nos auto-falantes. Era uma seleção de Natal. Primeiro houve a canção "Winter Wonderland", que foi seguida por "I’m Dreaming of a White Christmas." Houve muitos sorrisos bem como arrepios, e no dia seguinte, alguns resfriados! É uma das memórias guardadas como tesouro da nossa peregrinação. Alguns de nós, então, entraram e ouviram palestras dos convidados de Vassula. Um deles foi o bispo Anglicano de Jerusalém, Reverendíssimo Riah Abu El- Assal, uma figura respeitada e bem conhecida por alguns de nossos peregrinos Anglicanos. Fomos também agraciados com a presença e as boas-vindas formais do Sr. Akel Biltaji, da Corte Real Hashemita e conselheiro de sua Majestade, o rei Abdullah II.
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Vassula com o Arcebispo Boutros Mouallem, Bispo da Galiléia, Reverendo Reis Riah Abu El-Assal, Bispo, Igreja Episcopal de Jerusalém e Oriente Médio, e o Sr. Akel Biltaji, Conselheiro do Rei Abdullah da Jordânia
O Sr. Biltaji disse, "Estou aqui em nome de sua Majestade Rei Abdullah o segundo. Damos-lhes as boas-vindas à Jordânia! É onde tudo começa... este é o berço da fé; caminhando e seguindo os passos de Abraão, Jacó, Moisés, Elias, João Batista, Jesus e Mohammed. Isto é onde Judaísmo, Cristianismo e Islamismo são Amor em um Deus. Esta viagem, daquilo que entendi de você, Vassula, é toda sobre amor, reconciliação, tolerância e paciência, o que é exatamente aquilo que é necessário aqui. Esta terra onde Moisés nos pediu a todos para vir, esta terra onde os Céus se abriram e declararam no Batismo de Jesus: "este é o meu Filho amado, em quem me comprazo..."
"Damos-lhes as boas-vindas e queremos que levem de volta com sua mensagem: a mensagem do Islamismo; nós também queremos alcançar. Islamismo é amor. Possa o Deus mais compassivo e misericordioso nos ouvir. Islamismo é misericórdia. Para ser muçulmanos, precisamos reconhecer os outros. Não posso ser um muçulmano se não sou Cristão e se não sou Judeu. Então, isto é, como nós, nesta parte do mundo, acreditamos. No espírito que está agora em cada um e em todos nós, possa o Senhor ver, seja num mosteiro, mesquita, santuário ou sinagoga, ver o espírito que você (Vassula) traz com você e que posso ver nas faces deles, os sorrisos, o amor, de 38 países. Políticos não poderiam fazer isto. A Religião fez. É por isto que temos sempre que nos segurarmos a nossos valores."
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Vassula com o conselheiro do rei Abdullah da Jordânia
"Pertenço a um grupo, como o Reverendíssimo Riah (Bispo Anglicano). Somos os seguidores de Jesus de Nazareth. Ele é nosso mestre. Mohammed é nosso mestre. Moisés é nosso mestre. Precisamos de todos eles. É por isto que esta semana estarei em Nazareth, minha cidade. Direto do Coração da Jordânia em Amman, e em nome de sua Majestade, obrigado por abrir seus corações e suas mentes e olhos. Temos uma lua cheia esta noite para que vocês possam dormir à noite. Desejamos a vocês uma feliz Peregrinação e que Deus os abençoe."
No dia seguinte viajamos para Betânia ou Bethany, no Rio Jordão, ao local do batismo do Senhor. Celebramos a Eucaristia na pequena Igreja Ortodoxa no calor do dia. O principal celebrante foi o Bispo Jeremias, que estava resplandescente em suas vestes, a despeito do calor opressivo. Sua voz maravilhosa acrescentada a uma celebração alegre. O fogo do Espírito Santo estava certamente presente!
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Rio Jordão (esq), Igreja ortodoxa grega no sítio batismal (dir)
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Padre e Bispo Jeremias (esq), Padre Smeir e Bispo Jeremias (dir)
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Procissão Eucarística (esq), Vassula e o Imam no sítio batismal (dir)
Foi na região de Bethania que os Hebreus cruzaram o Jordão para entrarem na Terra Prometida. Este é um detalhe importante para o nosso entendimento do ministério de João Batista. Sua mensagem foi "arrependam-se!" Arrepender-se significa tanto "voltar atrás" como "mudar a mente de alguém", afastando-se do pecado.
Na Parábola do Filho Pródigo, o garoto diz, "Vou retornar a meu pai." João Batista está trazendo o povo de volta para o outro lado do Jordão, como se dissesse, "voltem atrás e comecem novamente."
Jesus, o novo Moisés, especialmente de acordo com o Evangelho de São Mateus, vem a este ponto, Betânia, como mencionado em São João, e depois, como foi, volta, indo para o deserto por quarenta dias e quarenta noites. Este é um retorno ao deserto, no qual Jesus faz o que não somos capazes de fazer: Ele trilha perfeitamente o caminho da obediência e libertação. Jesus verdadeiramente É nosso CAMINHO, nossa VERDADE e nossa VIDA. Nele encontramos verdadeira OBEDIÊNCIA e LIBERTAÇÃO do pecado; SOMENTE em Cristo e em ninguém mais.
João proclama o arrependimento, o povo ora por perdão e Jesus toma isto sobre Ele mesmo e é a resposta do Pai às orações do Seu povo. Quando precisamos recomeçar e afastar-nos do pecado, vamos a Cristo, e nosso caminho de volta para o "lado oposto do Jordão" é renovar nossas promessas do batismo, o que fazemos, não só na Páscoa, mas no Sacramento da Confissão, onde, em nome de Cristo, o bispo ou sacerdote nos absolve. A raiz latina da palavra "absolver" tem o sentido de "desligar" ou "libertar". Através da Igreja, Cristo nos liberta, nos libera do pecado. Nossa participação ativa envolve o retorno ao nosso Batismo, quando encontramos O Cristo pela primeira vez, que foi imerso no Jordão - A resposta do Pai às orações daqueles que procuram perdão e renovação, e Aquele que andou sobre a mesma terra que nós, mostrando perfeita obediência ao Pai, de forma que nós pudéssemos encontrar o nosso "eu" verdadeiro em Cristo e conhecer Seu Pai como "Nosso Pai".
Continuamos nosso caminho para o Mar Morto. Alguns foram banhar-se, ou mais provavelmente, flutuar! Outros, que sentiram a necessidade de mais frescor e sombra, ficaram no hotel próximo. Saímos de lá para Petra onde nos registramos em dois hotéis. Tivemos alguns encontros memoráveis com Vassula e todo mundo estava de bom humor. Nosso companheiros Budistas e Muçulmanos falaram, como o fizeram vários outros.
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Peregrinos cobertos com lama rica em minerais, Mar Morto
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