Sejam um na Trindade Divina
PALESTRA DO PADRE STEPHEN RAPHAEL (vigário da Igreja de Santo Inácio) Calcutá, Índia - Dada em Belém, às 8:30 de 18 de março de 2000.
Introdução
Sua Eminência, Monsenhores, Padres, Irmãs e todo o meu querido povo de Deus, e nossa caríssima Vassula, filha de Deus.
Fomos movidos pelo Espírito Santo para nos reunirmos neste Encontro Internacional de Oração na Terra Santa de Israel, onde Jesus o Salvador nasceu, cresceu e exerceu seu ministério público pregando Seu Evangelho de arrependimento e reconciliação; curando os doentes, expulsando demônios e proclamando a boa nova do Reino de Deus. Por isso sofreu nas mãos do Sumo Sacerdote, escribas e Fariseus, morreu na cruz e ressuscitou dos mortos no terceiro dia.
Estamos reunidos aqui de todas as partes do mundo de acordo com o plano de Deus e do Espírito Santo sob a bandeira da “A Verdadeira Vida em Deus” Missão dada do alto a Vassula Ryden. Deus a escolheu em toda a sua miséria, purificou-a e a enviou ao mundo para proclamar o Reino da Verdadeira Vida em Deus e unir-nos todos sob um só Tabernáculo para Adoração e Louvor. Somos gratos a Deus por essa Graça única de Unidade e Reconciliação. Agradecemos e Louvamos a Deus por todos os membros da Organização da Verdadeira Vida em Deus, que são os instrumentos que possibilitam este encontro de Oração aqui na Terra Santa.
Agora eu gostaria de trazer-lhes algumas das minhas reflexões do que a Unidade e Reconciliação deveriam significar para cada um de nós que fomos chamados pelo espírito de Jesus Cristo para este encontro de Oração. Primeiro lhes direi que cada uma das letras das palavras UNIDADE E RECONCILIAÇÃO significam para mim, o que pode ser uma grande ajuda para vocês também na sua meditação e reflexão pessoal.
A palavra “UNITY” (UNIDADE) contém 5 letras -e a primeira letra
U - significa Unicidade de Deus Pai Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra, que nos uniu a si em e através de Seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor e Deus. E resistimos fortemente ao poder de Satanás.
N - significa a negação da Unicidade de Deus; portanto não unidos em Jesus nos enfraquecemos e somos destruídos por Satanás.
I - Integridade do Corpo de Cristo, isto é, A Igreja que deve ser nutrida em sua totalidade independentemente de casta, credo ou cor.
T - (Truth) a Verdade do evangelho de Jesus que deve ser proclamada a todas as nações.
Y - (Yielding) dando frutos quando cumprimos nossa missão delegada pelo próprio Jesus Cristo.
A palavra AND (E) possui 3 letras e a letra
A - significa ALFA que quer dizer Jesus é o começo de tudo na Nova Criação. Ele é o CAMINHO, a VERDADE e a VIDA.
N - Natividade de Jesus Cristo, um Salvador nasceu para nós, Ele é o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.
D - Divina realidade que se encarnou e vive no meio de nós.
A palavra “Reconciliation” (Reconciliação) possui 14 letras e a letra
R - significa Recriação em Jesus Cristo, por sua morte e ressurreição.
E - Eternidade- que é o destino de cada crente em Jesus Cristo.
C - Conduta de cada crente que dá testemunho do Evangelho de Jesus Cristo.
O - Onipresença da Trindade na vida de cada Cristão.
N - Nova Vida quando estamos reconciliados com nossos irmãos e irmãs sem Preconceitos.
C - Cooperação de cada crente no estabelecimento do Reino de Deus aqui na Terra.
I - Incorporados em Jesus Cristo pelos sacramentos do Batismo, Confirmação e Sagrada Eucaristia.
L - Liderança de Pedro na construção de uma IGREJA UNA SANTA CATÓLICA E APOSTÓLICA na Terra.
I - Ismos devem ser lavados pelo Sangue de Jesus Cristo.
A - Adoração do Santíssimo Sacramento – que Jesus deseja de cada crente no seu Amoroso Coração.
T – Tabernáculo da Unidade de todos os Cristãos e adoração a Deus sem diferenças doutrinais
I – (I) “Eu sou quem Eu sou” Deus Pai a ser adorado em e através de Jesus Cristo.
O - (Opening) Abertura individual à benção do Espírito Santo que nos chamou à Unidade e Reconciliação.
N - Natureza dos cristãos, isto é, AMOR E PERDÃO que é a quintessência da Unidade e reconciliação cristãs.
Portanto, O Deus revelado por Jesus Cristo é um Deus pessoal, uma comunhão de três pessoas. Isto significa que Deus em sua essência é comunhão, isto é, Trindade.
Se Deus é Trindade -isto é, a unidade de três pessoas- Pai, Filho e Espírito Santo, porque deveria haver desunião entre os crentes que aceitam e professam sua fé num Deus Trino ?
Jesus Cristo não veio estabelecer muitas Igrejas no mundo. Ele fez Pedro a única cabeça da Igreja Universal e lhe conferiu o poder e a autoridade para governar a Igreja. (cf. Mt 16, 13-20).
Jesus disse a Vassula no dia 16 de maio de 1989 “Reza, bem-amada da Minha Alma, pelos Meus padre, pelos Meus bispos e pelos Meus cardeais, para que saibam discernir a Minha Vontade. Eu, o Senhor, preciso de AMOR, de ADORAÇÃO e de UNIÃO: todos reunidos, ao redor de um só Sacrário. Se eles procurassem os Meus interesses, compreenderiam quanto o Meu Sagrado Coração deseja e suspira por essa UNIÃO, sob a liderança do Meu Pedro. Pedro a quem Eu Mesmo dei as chaves do Reino dos Céus. Rezai, pois todos vós, com fervor; que todos eles possam compreender que Eu, o Senhor, os chamo a unir-se. Chamo todos aqueles que estão sob o Meu Nome a regressar à verdadeira União, sob Pedro-de-Meus-Cordeiros. "
Nós nos esquecemos de nossa incorporação em Cristo que traz o crente a uma relação com as pessoas da trindade e ao mesmo tempo estabelece novo relacionamento com os homens. Essa união faz dos cristãos filhos adotivos do Pai. Lemos em Ef 1, 3-5: “Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com toda a sorte de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo. Nele fomos escolhidos antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele, no amor. Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos, por Jesus Cristo, conforme o beneplácito da Sua Vontade”.
Portanto a adoção nos conforma e assimila como filhos e filhas de Cristo. São Paulo escreve em sua Carta aos Romanos 8, 29 “Porque os que de antemão ele conheceu, esses também predestinou a serem conformes a imagem de seu filho”.
Novamente em Romanos 8, 15-17 São Paulo fala “Com efeito não recebestes um espírito de escravos para recair no temor, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, pelo qual clamamos: Abba! Pai! O próprio Espírito se une ao nosso espírito para testemunhar que somos filhos de Deus e se somos filhos, somos também herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, pois sofremos com ele para também com ele sermos glorificados”.
Portanto unido a Cristo, o batizado não forma um amontoado disforme de existências individuais fechadas, mas um organismo vivo, cheio de inter-conexões. Portanto, cada crente não só tem uma relação intrínseca do seu eu com Cristo –a Cabeça do Corpo Místico- mas também uma função original e inter-relação com os outros membros. São Paulo em sua Carta aos Efésios 4, 7 diz “Mas a cada um de nós foi dada a graça pela medida do dom de Cristo”. Então inserido na comunhão da vida Trinitária os cristãos vivem em união, comunhão e partilha de bens (vez que todos são co-herdeiros), independentemente de nação, raça, condição social e sexo.
Unidade de acordo com o Novo Testamento:
Em Gálatas 3, 28-29 se afirma “Não há judeu nem grego não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; pois todos vós sois um só em Cristo Jesus. E se vós sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.”
Tudo tem origem no Pai, é completado e atualizado no Filho e alcança o homem, está presente e é experimentado por ele, por meio do espírito Santo. E em sentido contrário: no Espírito, através do Filho, se alcança o Pai. Em cada oração litúrgica rezamos “Por Ele, com Ele e nEle, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e glória, ao Pai Todo Poderoso, por todos os séculos.”
Se isso é verdade para os crentes de cada Igreja no mundo, devemos nos reconciliar uns com os outros, deixando para trás nossas diferenças do passado baseadas em assuntos doutrinais, para nos unirmos sob uma Cabeça, como é o desejo do próprio Jesus.
Se a Igreja fundada por Jesus Cristo sob a liderança de São Pedro era UNA e unida por centenas de anos, pregando o evangelho fielmente para o mundo, então ela pode permanecer para sempre até que o mundo todo seja renovado no Espírito Santo e todos acreditem que Jesus Cristo é o único Senhor e Salvador do mundo e que todos somos irmãos e irmãs no verdadeiro sentido da nossa unidade familiar.
Portanto, todos devemos buscar sinceramente unirmo-nos e reconciliarmo-nos novamente uns com os outros, deixando para trás todas as diferenças doutrinárias que são o principal fator de divisão provocadas por Martim Lutero, Calvino e outros.
No entanto a Igreja é humana e evidentemente quando estudamos as características dos 12 apóstolos, devemos nos perguntar, quem foram eles?
E o que desejariam ser ? E o que Jesus lhes disse ? E qual foi o resultado final de tudo isso ?
Para responder às questões acima, reflitamos que os apóstolos eram simples pescadores com todas as fraquezas humanas como podemos ver – Pedro, que professou sua fé em Jesus como Messias, Filho de Deus vivo que veio ao mundo Mt 16, 16, a quem Jesus prometeu as chaves do Reino dos Céus Mt 16, 18, e quando Jesus falou sobre seu sofrimento e morte Mt 26, 31, Pedro com toda a confiança e fortaleza disse a Jesus “Eu nunca o deixarei, mesmo que tiver que morrer”. Mt 26, 33, negou Jesus 3 vezes, Mt 26, 69-75.
Judas planejou com os sumos sacerdotes traí-lO por 30 moedas de prata e se tornou um traidor Mt 26, 48.
Os outros apóstolos fugiram para salvar suas próprias vidas, deixando Jesus sozinho para sofrer e morrer Mt 26, 56. Tomé- não acreditou que Jesus ressuscitara dos mortos, a não ser que O visse - Jo 20, 24-25.
Essas reflexões nos fazem compreender que eles eram fracos em sua natureza humana, eram tímidos, eram ambiciosos por poder e posição, mas Jesus lhes disse: antes que tenham poder e posição, vocês tem que ser servos de todos; assim também o filho do homem veio para servir, e não para ser servido. Mt 18, 1-5. Não obstante, eles entenderam os ensinamentos de Jesus vagarosa mas solidamente, após a ressurreição e Pentecostes. Então todos se reuniram e começaram a missão de proclamar e a Igreja foi estabelecida sob a liderança de Pedro. Todos viviam juntos em perfeito amor e harmonia. Não havia diferenças doutrinais entre eles. Mas todos pregavam Jesus Cristo com quem eles viveram, a quem eles ouviram, e em quem eles acreditavam ser o Salvador do mundo. Os Atos dos Apóstolos é o exemplo principal de todas as realidades e fatos que dizem respeito ao trabalho missionário e expansão da Igreja, etc.
Portanto, todos devemos entender o pensamento de Jesus e Sua Missão de estabelecer o Reino de Deus aqui na terra com um coração, uma mente e entendimento unidos na fé em Jesus Cristo, nosso Senhor, sob a liderança de Pedro e seu sucessor.
A desunião começou com Desentendimentos sobre Assuntos Doutrinais:
Hoje decaímos da graça da Unidade e nos dividimos em muitas Igrejas. Em alguns assuntos doutrinais fundamentais a respeito dos quais São Paulo advertiu os líderes em 1 Cor 1, 10-17 que discutiam entre si quando um dizia “eu sigo Paulo, outro: eu sigo Apolo, outro: eu sigo Pedro: e outro: eu sigo a Cristo." Cristo foi dividido em grupos ! Foi Paulo quem morreu na cruz por você ? Foi você batizado como discípulo de Paulo ? 1 Cor 10, 13. Porque Deus, em Sua sabedoria, fez com que fosse impossível para as pessoas conhecê-lO através de seu próprio saber, em vez disso, através da chamada “loucura” da mensagem que pregamos, Deus decidiu salvar aqueles que acreditam. Os judeus querem milagres como prova e os gregos buscam sabedoria. Quanto a nós proclamamos Cristo crucificado, a mensagem que é ofensiva aos judeus; e ilógica aos gentios, essa mensagem é Cristo, que é o poder de Deus, e a Sabedoria de Deus. O que parece ser a loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria humana; e o que parece a fraqueza de Deus é mais forte do que a força humana. 1 Cor, 1, 21-25.
A mesma discussão prevalece na Igreja hoje. Uns dizem “nós pertencemos à Igreja Católica Romana”; outros dizem: pertencemos à Igreja Metodista. Outros dizem: pertencemos à Igreja Greco-ortodoxa;. outros dizem pertencemos à Igreja Anglicana; e assim por diante; mas ninguém diz que somos um, como Deus, em Sua sabedoria, nos trouxe à união em Cristo. Por Ele somos justificados diante de Deus; nos tornamos Seu povo santo e fomos libertados. Então, como dizem as Escrituras: “Aquele que se gloria, se glorie no Senhor.” 1 Cor 1, 30-31
Portanto, todos nós devemos procurar sincera Unidade entre nós, pois todos nós temos o mesmo Jesus Cristo, que morreu por nós na cruz para nos salvar de nossos pecados e nos reconciliar uns com os outros, sem qualquer discriminação. É por isso que Jesus escolheu Vassula para neste tempo ser a mensageira da Unidade entre todas as Igrejas do mundo. Para poder se desincumbir dessa missão adequadamente ela teve que passar por uma intensa purificação de corpo, mente e alma, como lembrado em seu livro do Anjo: A Verdadeira Vida em Deus, nome dado pelo próprio Jesus, é onde, em 20 de maio de 1987 Jesus diz: “Eu desejo unir todos os Meus padres, desejo que eles Me amem mais. Quero deles pureza, zelo, fidelidade. Os padres devem compreender que a Unidade reforça o amor, a Unidade favorece o amor. Por quanto tempo reinará entre eles a discórdia? O amor é a Unidade. O Meu Amor une-os a Mim. A Minha Igreja é débil por causa das suas discórdias. Eu desejo a Unidade. Eu desejo que a Minha Igreja seja Una. Os Meus desejos de unir a Minha Igreja. Como pode um corpo funcionar, se um ou dois dos seus membros estão paralisados, feridos ou separados? Terá a mesma capacidade e a mesma força que um corpo são? A Minha Igreja é o Meu Corpo. Como funcionará o Meu Corpo, se foi posto em condições de não funcionar?"
Três objetivos fundamentais do Reino de Deus:
Devemos ter em mente três objetivos fundamentais quando falamos acerca do Reino de Deus:
(1). Unidade entre cristãos. (2). Testemunhar o Evangelho através de uma forma de vida cristã de acordo com os valores do Evangelho. (3). Proclamação de Jesus Cristo como o Salvador do mundo.
Esses três objetivos caminham de mãos dadas. Sem a Unidade cristã entre as Igrejas não pode haver o verdadeiro testemunho cristão; e sem o testemunho cristão a atividade missionária perde seu sentido e vitalidade.
Jesus reza pela unidade:
Jesus rezou “... para que sejam um, como nós somos um” Jo 17,22. A Unidade que existe entre o Pai e o Filho é a base e o modelo da unidade entre as Igrejas. As divisões entre e dentro das Igrejas baseadas em diferenças doutrinárias e do exercício da autoridade contrariam a vontade de Cristo e são um escândalo e contra testemunho para o mundo.
A Igreja é o Sinal e Sacramento da Unidade de toda a humanidade. É o sinal de salvação de toda a humanidade. A reflexão do Concílio Vaticano Segundo nos diz: Por sua relação com Cristo, a Igreja é um tipo de sacramento, isto é, a união íntima com Deus e a Unidade de toda a raça humana. LGI 48.
Deus Pai, o Criador do céu e da terra, expressou em Jesus Seu amor total por toda a humanidade. Jo 3, 14. A missão de Jesus foi ser sal da terra e luz do mundo. E esse sal e luz foram dados a nós que nEle cremos; é por isso que Jesus disse a Seus Apóstolos: Vós sois o sal da terra. Vós sois o sal do mundo. Mt 5, 13-14.
Claro está, portanto, que enquanto os cristãos permanecerem divididos entre si, fica muita prejudicada a sua habilidade para pregar o Evangelho com credibilidade. O pleito de plena comunhão de fé e vida sacramental é portanto, vital para a eficácia do testemunho cristão.
A reconciliação buscada com o Movimento Ecumênico desde 1910:
Os missionários vivenciaram em sua divisão um grande obstáculo ao seu testemunho do Evangelho. Isso levou à Conferência de Edimburgo em 1910. Três movimentos importantes emergiram da Conferência de Edimburgo:
1. O Conselho Missionário Internacional (1921)
2. O Movimento Vida e Trabalho (1925)
3. O Movimento Fé e Ordem (1927)
As experiências dos últimos movimentos finalmente levou à formação do Concílio Mundial de Igrejas (CMI) em 1948. Enquanto as tarefas do Movimento Fé e Ordem foram desenvolvidas pela Comissão de Fé e Ordem do CMI, o Movimento de Vida e Trabalho dinamizou o CMI.
Até hoje o CMI realizou 8 assembléias, a última em Harare (Zimbabwe) em 1998.
A Igreja Católica e o Ecumenismo:
A Igreja Católica Romana mantém diálogo com a Ortodoxa e as Igrejas do leste. Em 11/11/1994, uma Declaração Cristológica comum foi emitida e assinada pelo Santo Padre, o Papa João Paulo II e pelo Patriarca Mar Dinkha IV da Igreja Assíria do este; depois da qual os dois Chefes das Igrejas constituíram um Comitê Comum para o diálogo Teológico. Desde 1988 há uma Comissão Internacional para o diálogo entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa Síria Malankara. O membro católico da comissão é também comissionado para o diálogo com a Igreja Síria Ortodoxa.
A Igreja Católica Romana tem também estado em diálogo com a Federação Luterana Mundial (FLM) desde 1967. O objetivo desse diálogo é a completa unidade visível. Este diálogo pode ser apreciado em 4 fases:
1. 1967-1972- Justificação e Tradição das Escrituras.
2. 1973-1984- Eucaristia e Ministério.
3. 1986-1993- Focalizada no elo entre a Igreja e a Justificação.
4. 1995- - Os tópicos que estão sendo discutidos são:
(a)- A Apostolicidade da Igreja, incluindo o episcopado e o ministério universal da Unidade Cristã.
(b)- A coordenação do que até agora tem sido alcançado nas discussões sobre o Sacramento da Eucaristia, e
©- O estudo de alguns assuntos éticos.
O objetivo do diálogo entre a Igreja Católica Romana com a Aliança Mundial das Igrejas Reformadas (WARC) não é a completa união visível, mas encontrar terreno comum para esclarecer diferenças e procurar meios de trabalharem juntas para darem um testemunho comum.
A primeira Comissão Internacional Oral Católica Romana e Anglicana (ARCIOC) (1970-1981) discutiu os seguintes temas: Eucaristia, Ministério e Ordenação e Autoridade na Igreja.
ARCIOC II (1988) voltada para os tópicos a Salvação e a Igreja.
Em 1991- foi discutido a Igreja como Comunhão.
Em 1994- foi discutida “Vida em Cristo”. no que concerne à moral
Em 1999- foi discutido O dom da Autoridade – A Autoridade na Igreja.
Os documentos específicos sobre o ecumenismo são:
1. Unitatis Redintegratio (UR) reconhece o movimento ecumênico já existente fora das fronteiras da Igreja Católica como o trabalho do Espírito Santo. Propõe a colaboração de todos nas várias áreas de atividade humanas.
Para incentivar a Unidade entre Cristãos João XXIII em 1960 estabeleceu um secretariado, denominado em 1988, Concílio Pontifício para a promoção da Unidade Cristã. Além disso um Grupo de Trabalho Conjunto da Igreja Católica Romana e do Conselho Mundial de Igrejas foi estabelecido em 1965 para estudar aspectos específicos relativos à Unidade.
2. Ut Unum Sint: é a primeira Encíclica Papal sobre o Ecumenismo. Nela o Papa João Paulo II faz certas propostas concretas para se atingir a Unidade que é o objetivo final do movimento ecumênico.
O Espírito está chamando os católicos a um sério exame de consciência e para mergulhar num “diálogo de conversão”, que se constitui nas fundações espirituais do diálogo ecumênico.
O recente documento A Igreja na Ásia também deu ênfase à colaboração ecumênica nos níveis nacional, regional e local, para que nós cristãos possamos dar testemunho eficaz ao mundo e construir o Reino de Deus.
Conclusão:
eu gostaria de concluir com as seguintes afirmações:
Chegou o momento para todos nos unirmos lembrando as Bem-aventuranças; obedecendo aos 10 Mandamentos e nos arrependendo de nossos pecados e dos pecados de nossos antepassados que foram a causa da desunião na Igreja e nos reconciliarmos uns com os outros, deixando para traz todas as discriminações e as nossas diferenças doutrinárias. O corpo de Cristo sofreu muito nos últimos séculos e agora devemos enterrar nossas diferenças e trabalhar para o Reino de Deus, como o deseja Jesus Cristo.
Ouçamos a mensagem de Esperança e Vida “Sacode a poeira que nos cobre e ressuscita dos mortos”.
A Eucaristia nos manterá vivos e seremos seguidos de uma nova era de Amor e Paz”. “Seu reino está às nossas próprias portas. Porque Deus quer que todos se salvem”. (Cf. Rm 10, 12-85)
Os pecados da divisão e as feridas no corpo de Cristo decorrem freqüentemente de falta de fidelidade, humildade e mútuo Amor. “Rivalidade e competição pelo poder mundano”, egoísmo e orgulho não podem trazer a Unidade. Aqueles que se empenham em reunir as ovelhas de Cristo dispersas: deveriam baixar suas vozes para poderem ouvir a voz do Senhor; eles deveriam curvar suas cabeças para a benção da Cabeça da Igreja – Jesus Cristo. Então Ele elevará a todos e os atrairá a Si.” Abençoados são os que não se diferenciam” sob o Nome Sagrado de Jesus. Lembremo-nos sempre disto: as chaves da Unidade são o Amor e a Humildade. “A verdadeira Unidade é e será no coração, não da letra, mas do Espírito”. É uma graça de Deus, mas requer o comprometimento humano e esforço. “Onde há divisão, dê paz e amor; onde há confusão, peça Luz”.
A Unidade virá como a aurora –virá de Deus, e suas nações a chamarão de Grande Milagre, Dia Abençoado – nesse dia todo o Céu se regozijará. “Vejam, que alegria Eu sentirei quando estiverem em volta do Um. [nota do tradutor: truncado no original]. Depois que se reunirem e Me louvarem; reconhecerem seu erro, arrependendo-se de sua rebelião lembrando-se de Meu Amor por vocês”. O plano de Deus é “unir todas as nações, de este a oeste, do norte a sul.
Então rezemos:
Pai celestial, “Inflama nossos corações com o fogo do Espírito Santo, dá-nos o Espírito de sabedoria e fé, de intrepidez e paciência, de humildade e firmeza, de Amor e arrependimento”. Amem.
Pe. Stephen Raphael (Calcutá) |