Introdução de Vassula
Queridos Irmãos e Irmãs no Senhor,
Antes de 1997, um punhado de leitores de A Verdadeira Vida em Deus reuniam-se habitualmente todos os anos, no verão, para partilhar e viver as Mensagens. Visitamos alguns santuários para neles rezar, não nos dando conta de que aquilo que nós afinal fazíamos era, de fato, um verdadeiro retiro, mesmo que bastante pequeno. Depois, uma vez mais, e o ano passado em Rodes, o nosso Bom Pastor chamou-nos a reunir-nos do mesmo modo, mas o número de pessoas que participaram aumentou consideravelmente. Essa reunião exigiu mais organização e trabalho. Minha irmã Yannula organizou essa nossa reunião e a nossa peregrinação a Patmos. Nesta reunião, rezamos e partilhamos os nossos problemas e alegrias vividos no trabalho realizado por A Verdadeira Vida em Deus. Mais tarde, viajamos de novo juntos, para visitar diferentes santuários. Eu não sabia então que esta espécie de reunião que fazíamos se chamava "retiro".
Devido ao seu êxito e entusiasmo manifestado por cada um em se reunir de novo e do mesmo modo, o Espírito do Senhor fez-me compreender que poderíamos reunir-nos uma vez mais em Sua Casa, na Terra Santa. Graças aos organizadores, as coisas começaram a por-se em ordem já no verão passado, justamente para a preparação de hoje. Jamais tinha imaginado que o nosso Bom Pastor viria a reunir tantos de nós aqui, e aumentaria o nosso número, a ponto de nos vermos forçados, de certo modo, a limitá-lo.
A forma como Deus tem sempre trabalhado comigo, é trazer-me a situação por assim dizer num prato, sem que eu própria me dê conta de que Ele Mesmo me conduzia, pela jogada, a realizar retiros.
Eu espero, de todo o meu coração, que esta reunião de orração e de louvor, aqui, na Terra Santa, venha a ser uma benção para cada um de nós e para toda a Igreja. Numa das Suas mensagens Jesus diz: "Hoje, toda a amabilidade, por parte de Minhas criaturas, a fim de restaurar a Minha Casa vacilante, Me impressiona profundamente. Por qualquer passo que seja, dado no sentido da União, todo o Céu rejubila. Por qualquer oração que seja, oferecida pela restauração do Meu Corpo, a ira de Meu Pai diminui. Por qualquer reunião que seja, em Meu Nome, pela União, as Minhas bençãos são derramadas sobre todos quantos tomam parte dessas reuniões" 5.10.94
Aqui, devo também citar uma passagem da segunda Epístola de São Paulo aos Coríntios: (2 Co 2,14-17)
"Incessantemente dou graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e que por nosso meio faz sentir em todos os lugares o odor do Seu conhecimento. Somos, para Deus, o bom odor de Cristo entre os que se salvam e entre os que se perdem. Para uns, odor que da morte conduz à morte; para outros, odor que da vida conduz à vida. E qual o homem capaz de uma tal obra? É que, de fato, não somos como tantos outros que mercadejam com a palavra de Deus. Mas é com sinceridade, como enviados de Deus, que nós pregamos em Cristo, sob os olhares de Deus"
E nós, meus queridos amigos, que hoje estamos aqui reunidos, temos sido chamados por Nosso Senhor, a fim de rezar com fervor pela reconciliação entre irmão. Poderíamos ser três ou quatro pessoas a rezar pela união, numa casa privada; mas nós somos bem mais numerosos, como vedes, a reunir-nos e a rezar numa casa privada. Veio gente de trinta e cinco nações a rezar pela união e pela conversão do mundo, com o único desejo de agradar a Deus e fazer a Sua Vontade.
Jesus tem sede de união, mas nós também, assim como tantos outros que não estão aqui conosco. O Senhor reuniu-nos aqui e, se bem que pareçamos muitos, verdade é que não somos senão um pequeno punhado, comparados com o mundo; mas estamos aqui para mostrar ao mundo que podemos reconciliar-nos e viver em harmonia, que emana do amor de Deus. Deus reuniu-nos aqui, de diferentes Igrejas, para fazer de nós um exemplo de reconciliação para os que não querem a União ou complicam a União. Estamos aqui, para mostrar aos que evitam a União, dizendo que "há elementos graves que nos dividem", que não há sérias diferenças entre nós. Nós iremos rezar por aqueles que não querem a União segundo o pensamento de Nosso Senhor, na medida em que se opõem à vontade de Deus e cometem um grave pecado, permanecendo divididos. Eis o que Nosso Senhor disse:
"Desejo que os Meus filhos se unam; desejo que toda a Minha Igreja seja unida. Aqueles que se obstinarem a permanecer separados separaram já o Meu Coração do seu. Dai-vos conta da gravidade da vossa divisão, da urgência do Meu Apelo e da importância deste Meu Pedido. Preciso do vosso coração para vos unir e para reconstruir a Minha Igreja Unida, no interior do vosso coração. Tudo aquilo que vos peço é o amor, para romper as barreiras da vossa divisão." 20.10.91
Se não houver amor ou humildade, não haverá União.
Neste fim dos tempos, somos convidados por Deus a ser apóstolos do amor e da União, reunindo-nos e não nos diferenciando uns dos outros. Quando nos unimos deste modo, para rezar ao Espírito Santo e Lhe dar a liberdade de soprar em nossos corações, como é Seu desejo acabaremos por fazer a divina vontade de Deus, e a União relizar-se-á segundo o pensamento do próprio Deus.
Somos chamados a estender o Reino de Deus por todo este mundo, que passou a ser, pela sua grande apostasia e divisão, um verdadeiro deserto. Somos chamados a tornar conhecido o Amor de Deus pelos nossos irmãos e irmãs, que friamente rejeitam o Amor de Deus, porque não conheceram Deus nem saborearam o Seu doce Amor. Somos chamados a praticar os Santos Sacramentos da Igreja e a ser um exemplo, para os nossos irmãos e irmãs, de como honrar a Deus, seguindo o que Ele Mesmo dispôs para cada um de nós. Somos chamados à Adoração do Santíssimo Sacramento, onde, na presença de Jesus, poderemos repousar no Seu Coração e ter o prazer contemplar a Sua Santidade Trinitária. Neste repouso, que nós próprios desejamos seremos chamados a lembrar ao mundo que Jesus ressuscitou verdadeiramente e, por conseguinte, devemos viver a Sua Ressurreição em cada minuto da nossa vida, chamando-O Santo Companheiro, Esposo, Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.
Somos chamados a ser testemunhas do amor íntimo de Deus e a ensinar ao mundo o significado das palavras do Pai, quando Ele Mesmo disse: "O que Eu quero é o amor, não o sacrifício; o que Eu quero é o conhecimento de Mim Mesmo, não os holocaustos". (25.9.1997)
E numa outra passagem:
"Hoje, ofereço-te de novo o Meu Coração e, como um esposo que sai da sua tenda para se juntar à sua esposa. Eu Mesmo saí para unir o Meu Coração ao teu e sentir prazer em ti, e permutar, pelas nossas carícias, o nosso amor mútuo. Que assim seja como no Céu: Amor por amor, Coração por coração" (25.9.1997)
Quero lembrar a todos uma mensagem dada, no dia 3 de Abril de 1996, por Jesus, quando nos dizia que, no fim dos tempos, Ele e a nossa Santa Mãe, recrutariam apóstolos e enviá-los-iam a lembrar ao mundo o Seu grande amor:
"Foi dito que, no fim dos tempos, os Nossos Dois Corações suscitariam apóstolos e que seriam chamados apóstolos do fim dos tempos; que estes seriam instruidos pela Rainha do Céu e por Mim Mesmo para, em cada nação, se atirarem para a frente, a fim de proclamar, sem medo, a Palavra de Deus. Mesmo quando ensopados em sangue pelos ataques depravados do Inimigo, não seriam destruidos; que a sua língua trespassaria os inimigos da Minha Igreja como uma espada de dois gumes, desmascarando-lhes as heresias. Jamais hesitariam e tão pouco saberiam o que era o medo, porque Eu Mesmo lhes daria um espírito de coragem. O chicote destruidor não os atingiria. Não deixariam uma só pedra por revolver, perseguiriam os pecadores, os oradores arrogantes, os ilustres e os altivos, os hipócritas, os traidores da Minha Igreja; persegui-los-iam com a Minha Cruz numa das mãos e o Rosário na outra. E Nós estaríamos a seu lado; fariam fracassar as heresias e ergueriam a fidelidade e a verdade em seu lugar; seriam o antídoto do veneno porque brotariam, como botões, do Coração Real de Maria" (3.4.1996)
Sabemos que Deus nos dizia que iria suscitar, com Sua poderosa Mão, apóstolos para este fim dos tempos e que Ele Mesmo proveria de um espírito de zelo pelos Seus desígnios.
Um apostolado é uma tarefa que cada Cristão deve realizar, qualquer que seja o seu grau de caridade. O Espírito Santo serve-Se das almas em todos os degraus da sua vida espiritual, para a Sua obra, na Igreja, e as missões que Ele lhes confia não são segundo a medida do seu amor nem segundo a medida da sua capacidade humana.
Mas Deus dota-os do poder do Espírito Santo e ttorna-os capazes de realizar a sua missão. O Espírito prepara-os para ir pelo mundo, particularmente onde quer que a heresia, a iniqüidade e o pecado floresçam, a fim de que eles ponham em prática o seu apostolado. Cheios de zelo e de amor pela Casa de Javé, estas almas que o divino Amor une numa união inseparável com Deus, atravessarão o fogo, para ganhar as almas para Deus, uma vez reconhecido o valor de cada alma. Lemrai-vos: ganhar uma alma para Nosso Senhor ultrapassa todas as espécies de serviços que poderemos prestar a Deus porque, para Deus uma só alma tem mais valor que qualquer outra coisa; e, deste modo, pelas nossas orações e sacrifícios, ou por qualquer outro carisma de que Deus dota a nossa alma, poderemos ganhar essas almas e conduzi-las a Deus. Sede a Rede de Deus.
Por isso, devemos depender mais do Espírito Santo, porque é pela Sua graça que Ele orna a nossa alma com os Seus Dons, para nos preparar. A graça existe e é-nos dada gratuitamente e sem mérito algum. Com a graça, a nossa alma é elevada para as alturas da missão exigida, de cada um de nós, por Deus, enchendo-nos de amor divino. Quantas vezes Nosso Senhor tem dito, nas mensagens: "Ide e evangelizai com amor pelo Amor". O Espírito do Senhor aumentará o nosso amor ao próximo, a fim de que desejemos ir, pelo mundo, conquistar as almas, amando-as e conduzindo-as ao Senhor.
Deus está a nosso lado, e isso é bem manifesto pelas particulares bençãos com que Deus coroa a Sua Mensagem e continua a propagá-La maravilhosamente, apesar de todas as oposições. É bem manifesto que Deus está ao nosso lado, pelas proteções que Ele me assegura e me dá. Humanamente falando, deveria ter sido esmagada. Deveria sentir-me enfraquecida, com todas estas viagens; mas eu não me sinto enfraquecida Deveria sentir-me desanimada, com todas essas persistentes acusações, mas a verdade é que eu não me sinto desanimada. Eu aqui estou, cheia de vivacidade e bem alegre, saltitando de alegria!
A cada um de nós, Deus dá diferentes qualidades e quantidades de talentos. Deus jamais deixa de compensar o fiel que realizou a sua tarefa. Ter enterrado o talento recebido, faz cair em pena de inferno. Por isso, façamos render os nossos talentos, para glõria de Deus.
Como já o disse, dependemos mais do Espírito Santo que, quando dá carismas ao povo de Deus, dá-lhos para benefício da Igreja. Nosso Senhor diz que a Igreja, hoje, tem necessidade de um renovamento e isso lembra-me as palavras que Ele Próprio me dava, quando me disse, logo no início:
"Reaviva a Minha Igreja, embeleza a Minha Igreja, une a Minha Igreja."
Do mesmo modo, é certo que nós não podemos nada mas, pelo poder do Espírito Santo, desde que Lhe tenhamos permitido agir em nós, a fim de nos aperfeiçoar e a fim de crescermos no nosso amor, então poderemos fazer a vontade de Deus, porque o Espírito é poder e vida.
E as obras que realizaremos serão as Suas obras e segundo o Seu próprio pensamento. O Espírito Santo é o Espírito de Amor que reaviva e reconstrói a Igreja com amor. Por isso, todos devemos ser dóceis, a fim de que o Espírito possa formar-nos, para tomarmos a forma que Ele Mesmo quer que tenhamos.
Compete-nos, a cada um de nós, uma missão de apostolado. Cada Cristão, como membro da Igreja, pode provar o seu amor a Deus e ao próximo, fazendo render os seus talentos, que lhe foram dados pelo Senhor, desde o início. Ainda que as intenções de os enterrar sejam bem fortes, nós devemos tentar vencê-las, senão seremos severamente punidos.
Por isso, dêmos testemunho ao nosso modo e do modo que o próprio Deus nos cencedeu, uma vez que, para amar, devemos servir, e é servindo que chegaremos à perfeição do amor.
Terminarei dizendo que, nestes dias, uma vez que estamos de novo reunidos, vos lembrarei o que é a espiritualidade trinitária de "A Verdadeira Vida em Deus"; e é esta a razão pela qual eu mesma darei liberdade a Deus, que elevou os profetas e que falou e Se revelou a Si Mesmo de muitos e variados modos (Hb 1,1), para dirigir de novo a Sua Mensagem, esta semana, por uma fraca mão, membro do Corpo de Cristo. Ele Mesmo derramou o Seu Espírito sobre toda a carne e eu sou uma das filhas e dos filhos por quem Ele regressa, para uma vez mais nos anunciar a Sua Palavra bendira.
A Santíssima Trindade confiou-nos o Seu Nobre Tema, que Ela chama "A Verdadeira Vida em Deus". Ela Diz:
"Nós vamos dirigir o Nosso Hino de Amor a esta geração agonizante e todo aquele que o escutar é bendito. Todo aquele que o escutar crescerá em estatura e em força, tal como uma árvore, porque a sua raiz crescerá nos Meus Mandamentos e nos Meus decretos" (25.9.1997)
Rezemos:
Pai, nós nos consagramos de corpo e alma ao Vosso serviço, a fim de que os Vossos Olhos e o Vosso Coração não nos abandonem nunca. Estabelecei o Vosso Trono Real em nós e dai-nos as Vossas ordens. Fazei-nos progredir na pureza de coração, para cumprir tudo o que nos ordenastes. Amen.
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